Lunda Tchokwe

Os Tchokwe / Chokwe desfrutam de uma admirável tradição de esculpir máscaras, esculturas e outras figuras. A sua arte inventiva e dinâmica, é representativa das várias facetas inerentes a sua vida comunitária, dos seus contos míticos e dos seus preceitos filosóficos. As suas peças de arte gozam de um papel predominante em rituais culturais, representando a vida e a morte, a passagem para a fase adulta, a celebração de uma colheita nova ou ainda o início da estação de caça. O nome Tshokwe apresenta algumas variantes (Tchokwe, Chokwe, Batshioko, Cokwe) e, entre os portugueses, ficaram conhecidos por Quiocos . "Nesta pagina podemos usar qualquer variante do nome Tshokwe (acima referido)"

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Tradutor/Translation

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A sabedoria universal do Povo Lunda-Tchokwe – contexto histórico – espacial

História da Aldeia de Deus/Tchehunda tcha Nzambi vive em torno das Leis Básicas da Hermética e da Alquimia adoptadas pelo povo Lunda-Tchokwe..
Este povo vive na região das Lundas na fronteira entre o Congo e Angola e mantém acesa a chama da sabedoria divina. Esta sabedoria universal é passada a aqueles que a buscam e a quem os “mais-velhos” denominam enviados ou iniciados..


Figura 2 – Diagrama da Aldeia de Deus – Entre Lua e o Sol o Homem terá de se completar percorrendo o seu caminho até Nzambi (Deus)




Os Lunda-tchokwe conhecidos pelas suas elevadas capacidades artísticas acabam por ter influências do povo egípcio de onde receberam as leis herméticas impressas na Tábua de Esmeralda.
.Responsáveis pela escultura do Pensador – símbolo nacional de Angola – estes artistas das Lundas encerram uma sabedoria universal e transversal:."O que está em cima é como o que está em baixo. E o que está em baixo é como o que está em cima".


Desta forma, os seus rituais de iniciação fazem-se com máscaras Mwana Puo que representam a passagem a um mundo superior. Estas máscaras têm na testa, entre as sobrancelhas representada a Cruz cabalística.


No fundo símbolo de quem está pronto a receber…aquele que aceita a lei divina. Este ritual Mwana Puo era feito a todos os Lunda Tchokwe que o sobado considerava estar apto a ser considerado um iniciado (aquele que se busca e busca sabedoria).


No entanto, com o passar dos tempos este povo ameaçado pela exploração diamantífera e invasão estrangeira viu as suas paisagens e estrutura de vida serem ameaçadas. O novo estilo de vida desestruturou os rituais e as passagens de conhecimento dos quimbos existentes nas chanas das Lundas.
Assim, o sobado (ie, os guardiões da sabedoria) tirando proveito da sua perícia artística patente nas estatuetas de madeira e nos quadros dos Lunda-tchokwe decidem encerrar na arte o conhecimento para outros que o possam buscar.


Socorrendo-se de um casal de artistas - Utima e Kalunga - recriam em 11 quadros e 11 esculturas o caminho alquímico para Deus, o criador do universo. No fundo juntos, representam os 22 caminhos de ascensão que nos permitem atingir a famosa Aldeia de Deus. Um espaço paradisíaco onde só os seres em comunhão com a Natureza e conscientes do seu interior podem entrar.
Socorrem-se para o efeito das estatuetas de madeira que juntas formam o cesto de adivinhação (NGOMBO), que quando manuseado de forma correcta e segundo as leis ancestrais permite conhecer a mente do Universo, isto é, do Todo. O cesto de adivinhação acaba por ser uma peça central para a transferência do conhecimento do Cosmos para o Microcosmos.
No entanto, estas obras guardadas no Museu do Dundo acabam por ser roubadas aquando da exposição de comemoração da Independência de Angola, coincidentemente a 11/11/1975.
As obras nunca foram encontradas mas é necessário que esse conhecimento continue a chegar a quem busca a sabedoria. Especialmente numa época em que o ser humano se sente cada vez mais perdido, é necessário divulgar conceitos que estão confinados a um pequeno grupo de sábios.




terça-feira, 26 de abril de 2011

Sobre Elementos Matematicos nos *Sona* da Tradição Tchokwe


1.Introdução: A tradição de desenhos dos Tchokwe
O povo Tchokwe (ou Quioco), são tradicionalmente caçadores, mas desde meados do século XVII tambe se dedicam a agricultura. Os tchokwe são conhecidos pela sua bela arte decorativa, que abrange dede a ornamentação de esteira e cestos entrançados, trabalho em ferro, cerâmica, gravação de cabeças e tatuagens até pintura nas paredes e desenho na areia.
Quando os Tchokwe se encontram no centro da aldeia ou nos campos de caça, sentados a volta do fogo ou à sombra de arvores frondosas, costumam passar o tempo em conversas ilustrando-as com desenho (lusona. pl. sona) no chão. Muitos destes desenhos pertencem a uma velha tradição. Referem-se a provérbios, fábulas, jogos, adivinhas, animais, etc. e têm um papel importante na transmissão do conhecimento e da sabedoria de uma geração para a seguinte. Os desenhos têm de ser executados suave e continuamente, pois qualquer hesitação ou paragem da parte do desenhador é interpretada pela audiência como uma imperfeição ou falta de conhecimento, o que é assinalado com um sorriso irônico (Fotinha, 1983).

Para facilitar a memorização dos seus estandarizados pictogramas e ideogramas, os akwa kuta -especialista de desenho- inventaram uma interessante mnemônica. depois de limpar e alisar o chão, marcam com as pontas dos dedos uma rede ortogonal de pontos equidistantes. O numero de filas e colunas depende do motivo a ser representado. Por exemplo, para representar as marcas deixadas no chão por uma galinha perseguida, são precisas cinco filas de seis pontos (Veja figura 1). Aplicando o seu método - um exemplo de uso antigo de um sistema de coordenandas Os akua kuta sona reduzem, em geral a memorização de um lusona completo à dois números e um algoritmo geométrico.

A tradição dos sona tem vindo a desaparecer: ¨o que se encontra hoje são provavelmente só vestígios de um repertório de símbolos espantosamente rico e variado, que se torna cada vez mais obsoleto¨

Paulus Gerdes, Instituto Superior Pedagógico, Maputo-Moçambique

terça-feira, 19 de abril de 2011

Adivinhas Tshokwe IV

‘’Tchitende Kachi-ku-tchi-heta ha mutchima. Ika?’’ (Qual é o lago que ninguém chega a meio?)‘’Kahia’’ (O fogo). ‘’Una ku jingirika. Ika? (O que é que te envolve?)‘’Mwia’’ (O cinto). ‘’Kachitu muka marya mafu ku mutondo nyi, kachi ku-nyenya twije hache?’’ (Qual é o bicho que come constantemente as folhas da árvore e não deita os excrementos cá baixo?)‘’Yina’’ (O piolho).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Cumunas da Lunda Norte

Iongo, Kachimo, Kamaxilo, Kambulo, Kamissombo, Kanzar, Capenda-Camulemba, Kaungula, Kuango, Lóvua, Luachimo, Luia, Luremo, Xa–Cassau, Xá–Muteba, Xinge, Lucapa, Sombo, Capaia, Tchitato, Cuilo, Caluango, Iubalo, Muvulege, Luangue, Cassengue, Quitapa.

*Luchimo é a Cumuna Sede.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

GDSE - Grupo Desportivo Sagrada Esperança

O Grupo ENDIAMA tem ampla cultura no apoio ao desporto: algumas sociedades mineiras possuem mesmo escolas para crianças das comunidades praticarem desporto.Entretanto, nada é mais visível do que o Grupo Desportivo Sagrada Esperança, uma agremiação criada em meados dos anos 70, poucos anos depois de Angola se ter tornado independente.Grupo Desportivo Sagrada Esperança, coloquialmente conhecida como Sagrada Esperança, é um clube de futebol sedeado na cidade do Dundo.O clube é exclusivamente patrocinado pela ENDIAMA E.P. Os Diamantes Verdes, como são conhecidos, venceram a primeira Taça de Angola em 1988.Em 2005, para alegria de todos os torcedores do clube do diamante, que tem como treinador Mário Calado, venceu a Liga do Girabola por um ponto sobre o ASA. No mesmo ano, o clube disputou a Liga dos Clubes Campeões de África.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Adivinhas Tshokwe III

‘’Yia wa telela ichime kachi ku-tunga nzuo?’’ (Quem é que corta os paus e não constrói a casa?)‘’Seije’’ (Roedor grande, de cauda curta). Thryonomis swew deriauns angolae. Este roedor corta o capim aos bocados, sensivelmente iguais, e coloca-os, aos montinhos, junto dos seus caminhos. ‘’Yia wa tungie ikanga kachiku bombo-ho?’’ (Quem é que tece a esteira e que não dorme nela?)‘’Tchingulu`` (A abóbora)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Adivinhas Tshokwe II


’Yia wa tungie nzuo, tchichime tchimwika?’’ (Quem é que constrói a casa com um só pau?)‘’Úa’’ (O cogumelo) ‘’Yia una ku-lamba lamba itete, kuchi ku-iva ikola?’’ (Quem é que bate constantemente com ramos de verdascas e não te faz doer?)‘’Ikenyekenye’’ (As pestanas, que batem constantemente e não fazem doer os olhos). Yia a lonzele kachitu kachiku kaula mu manyinga?’’ (Quem é que caçou o bicho e não segue o rasto de sangue?)‘’Tchimbunje’’ (Qualquer pau, raiz ou pedra do caminho em que se magoam os pés; magoa os pés de uma pessoa mas a pessoa não segue o rasto de sangue que provocou.

sábado, 9 de abril de 2011

Dundo-Curiosidade-Crítica

António Spíndola, 8 de Novembro 2007-

A cidade do Dundo apesar de muito pitoresca (não sei porque coloquei essa palavra, mas falando em voz alta parece até meio ridículo, quer ver? Fale ai PITORESCO KKKK), ainda precisa melhorar a infra-estrutura. Fomos ao que indicaram ser o melhor restaurante da cidade. Esse era muito simples e a garçonete muito simpática. Fico sensibilizado, pois em lugares como esse as pessoas oferecem o que tem de melhor, valorizo muito isso. Por conta disso que afirmo que apesar de simples adorei cada momento que estive nessa cidade.



Como a intenção é falar das curiosidades, lá vai. Nesse restaurante os pratos do primeiro dia eram dois, ou fungi ou mão de vaca, só. Apesar do cardápio não ser enorme comi com muito gosto a mão de vaca. O importante nesses lugares é não ter frescura, caso contrário ta lixado (lixado = lascado, ferrado, ...).


Vamos às acomodações. O melhor e único hotel da cidade, que por uma questão de preciosismo não vou colocar o nome, tem um dono que é mais grosso que papel de enrolar prego. A criatura contamina o ambiente e por conta disso os serviços no hotel são bem ruins. É preciso colocar que a diária nesse hotel é de 130 dólares. Tem hora para apagar a luz, falta água o tempo todo, sem serviço de quarto e as baratas fazem parte do pacote. Por conta desses pequenos problemas (fala sério) fiquei em uma pousada.


Na pousada fui muito bem recebido pela dona que com aquela simpatia de interior foi me mostrar as acomodações. O preço, uma pechincha, 100 dólares sem café da manhã. Eu já sabia que estava ferrado antes mesmo de entrar no quarto, mas vamos lá. O quarto duas camas, estava até limpo. A porta não fechava muito bem em baixo e deixava passar alguns mosquitos, se não fosse a malária estava tudo certo. Então fui ao banheiro... Ai ai, deixa eu descrever... O banheiro era grande e sujo, como se diz em Recife, teia de aranha era bóia (quando uma coisa é “boia” é porque tem muito), escuro e sem luz. Uma pequena janela estava aberta e tinha tanto mosquito que desejei ter um sapo de estimação. A pior parte, além do chão sujo e o vaso sem tampa, não tinha chuveiro. No recinto apenas uma banheira suja com uma torneira para tudo, banho, escovar os dentes, barba,.. Vamos lá, só tem tu vai tu mesmo, fico com esse. Foi então que a senhora me falou do pequeno problema: - “Meu filho só tem ponto, estamos com poucas vagas e você vai ter que dividir o quarto com outra pessoa”. Nessa hora eu não agüentei, ai já é demais, sei lá quem é esse cara... Só pensava no cara roncando no meu ouvido a noite, sem falar em todos os outros inconvenientes. Respondi: - “Nem a pau juvenal”. Na verdade não respondi assim não, mas a historia ficaria melhor contando dessa forma. Disse que não, foi então que ela ia ver o que podia fazer.


Passados alguns minutos ela falou que havia outro quarto. Esse era melhor e com ar-condicionado e tudo, até que gostei e sem mosquitos. O banheiro tinha chuveiro, frio, mas estava muito melhor que o outro. Agora os problemas... O forro de cama não foi trocado, tenho certeza que dormi na poeira deixada pelo último hospede que por sinal teve suas coisas retiradas enquanto eu entrava no quarto. Nada de toalha e eu esqueci de trazer a minha, resultado, fiquei três dias me enxugando com uma camisa. No terceiro dia essa camisa estava com um cheiro, que nem eu estava agüentando. O banheiro não tinha luz e como a janela estava fechada por conta dos mosquitos eu não via nada. Em um dos banhos o sabonete caiu, rapaz que trabalho que deu par achar. Fiquei tateando com o pé e rodando feito uma barata tonta, até lembrei das brincadeiras de criança de gato mia. Estou pensando seriamente em instalar um bip no sabonete para achar mais fácil ou ainda uma luz de emergência no estilo daquelas da tropa de elite.


Por falar em tropa de elite, vou trazer o capitão Nascimento para o Dundo, tenho certeza que ele só vai realizar os treinamentos aqui, afinal, quando a pessoa chega, a placa de boas vindas deveria ter a seguinte frase: “01, pede pra sair!!!”


Tirei uma foto do meu amigo da pousada. Detalhe essa luminária tem uns 35 centímetros de diâmetro. A parti de hoje batizo ele de “Aspira”.


Fui ao maior supermercado da cidade, que fica bem ao lado do obelisco e do banco. Lá só encontrei latas, suco, água e bolacha Maria. Como na pousada não havia café da manhã e muito menos jantar, foram três dias de café da manhã e jantar a base de bolacha Maria e suco de maça. Chupa essa manga!!!


No final da viagem me levaram para conhecer o zoo da cidade. O passeio foi ótimo e pela primeira vez pude ver alguns bichos diferentes na África. Dá para acreditar que ainda hoje me perguntam no Brasil se tem leão no meio da rua em Luanda? Sem noção.


Para arrematar na porta do aeroporto encontrei algo realmente curioso. São vendidas, como um tipo de petisco, larvas assadas. Isso mesmo, larvas, elas são tiradas das inúmeras árvores da cidade, assadas e consumidas como tira gosto. Arrependi-me de não ter provado!


Insetos como tira gosto - Vai encarar?

Obrigado pela hospitalidade Dundo!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Viagem ao Dundo



António Spídola, 7 de Novembro de 2007-


Viagem a província de Lunda Norte ao município de Dundo. A viagem foi bem tranqüila se desconsiderar-mos as 2 horas de atraso no aeroporto. É como dizem: Tirando o que está ruim, o resto está bom.Não sei bem o porque, mas desde que pisei no aeroporto as 5:30 h que só penso em queda de avião. Fiquei tempo todo tentando me concentrar em outra coisa, mas nada. Comecei a me preocupar afinal eu nunca me vem a cabeça isso, muito menos tenho medo de avião. Quando vi a aeronave que iríamos viajar foi que o medo bateu. A fuselagem era toda em metal, sem pinturas, com uma cara de ferro-velho. Pintada apenas, na parte superior, estava escrito “A serviço da TAAG transportes aéreos Angolanos”.


Avião da TAAG com escada na traseira



Outra novidade, não foi necessária escada para subir no avião, por trás da calda baixava uma escada. Eu nunca havia viajado em uma aeronave assim. O que não tem solução, solucionada está, um olhar no futuro e pé na estrada.

Na chegada outra surpresa, paramos no meio da pista e descemos pela mesma escada da calda. Fomos desembarcados a espera das bagagens em um galpão ou seria um armazém. Alguns entulhos pelo local e todos os passageiros se amontoam de pé a espera da bagagem. Demora muito, uns 30 mim, mas chega a nossa bagagem. Todas as malas foram colocadas na caçamba de uma camionete. Depois de entrar no armazém o motorista desligou o carro e cada um que pegue a sua mala. Na saída do galpão, novamente uma revista no meu passaporte e no visto.

Aeroporto do Dundo


A primeira impressão do Dundo são as mangueiras, elas estão por toda parte da cidade. Dos dois lados pista só se vem as imensas árvores, todas enfileiradas. Realmente muito bonito. A cidade é muito verde e parece um grande condomínio de luxo fechado, pois nenhuma das casas tem muro. Os jardins são bem cuidados e há grama por todo lugar, eu disse grama e não mato.


Mangueiras enfileiradas por toda cidade



A cidade parece um grande condomínio fechado



As arvores estão carregadas e ao chegar na pousada, no final da tarde, sai para dar uma volta a pé. Muitas pessoas comem mangas com as mãos, mais a frente, no que seria uma grande praça apenas com gramado e algumas arvores, está acontecendo uma animada partida de futebol.

Pousada


Continuo caminhando e vejo uma agencia bancária e um supermercado. No centro dos dois uma rotunda com um grande obelisco. Os jardins da cidade me encantam e nesse obelisco tudo está bem tratado ou em reforma.

Banco da Cidade



Obelisco do Dundo


As ruas estão molhadas, choveu muito pela manhã, a caminhada tem um cheiro molhado de terra. Sinto-me caminhando em uma cidade de filme americano, tipo Small Vile.Apensar da guerra se vê todo cuidado que a população tem com a sua querida e distante cidade. Ainda há muito mais o que conhecer no Dundo.

A cidade é muito verde e a manhã chuvosa deixa um cheiro gostoso de terra molhada


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Dundo Já Tem Agua Potavel

(Depois de + - 17 anos sem agua potavel) O ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, inaugurou esta terça-feira, na cidade do Dundo, província da Lunda Norte, o sistema de abastecimento de água, no âmbito das celebrações do 4 de Abril, dia da assinatura dos acordos de paz em Angola. Para a execução do empreendimento, cujas obras tiveram a duração de 28 meses, o estado disponibilizou 16 milhões e quinhentos mil dólares americanos. Em declarações à imprensa, após a inauguração, o director nacional de Abastecimento de Água e Saneamento, Lucrécio Costa, disse que o sistema inclui a reabilitação de duas captações, Mussungue e Cazunda, que produziam cerca de cem metros cúbicos de água por hora para 420m3/hora. Informou, igualmente, que foram reabilitados e instalados condutas de maior diâmetro num percurso de cerca de 5 quilómetros, construídos dois reservatórios grandes, igual número de reservatórios de média dimensão. Fez saber que está em curso o processo de montagem de 650 ligações domiciliárias e na etapa complementar do projecto serão adicionados mais 1.500 quilómetros de rede de distribuição, mais 1200 ligações domiciliárias e 14 fontanários. Enquanto isso, o soba Fortuna, em representação da população da cidade do Dundo, agradeceu o Executivo pelo esforço empreendido na materialização dos projectos que visam a melhoria das condições sociais em todo o país, em geral e, em particular, da província da Lunda Norte. Na ocasião, o Ministro Bornito de Sousa ofereceu duas carrinhas e igual número de motorizadas de apoio aos funcionários do sistema de distribuição. Testemunharam a cerimónia o governador da província da Lunda Norte, Ernesto Muangala, membros do Executivo local, autoridades tradicionais e eclesiásticas.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Musica/Lunda Norte


A música constituí um veículo dos aspectos positivos da nossa Cultura, ela intervêm na educação, moralização das populações, bem como instrumento de perpetuação da nossa Cultura, meio de comunicação, informação, distracção e um meio crítico dos aspectos negativos da sociedade. Igualmente, a música, constitui o conjunto de sons agradáveis ou ouvido com interferência de instrumentos musicais, permitindo deste modo a promoção e difusão da criatividade artístico-musical popular. A Província da Lunda-Norte consta com os seguintes grupos musicais, Banda musical Mimbo, Cokwe-Lunda, JJC, os Binkokos, os Mamayami, BAMUCA-Banda Musical Católica, os Brothers Company, Bieng and Bieng, Pregadores do HIP- Hop, contando também com quatro trovadores (Itengo, Ana-a-ndjimy, Bernabé Taquenho, Alberto Txibitxica “Sentir”) para além de um número considerável de artistas individuais na diáspora. A Província da Lunda-Norte, conta com um folclore musical estimado em discos e bandas magnéticas depositado no Museu do Dundo

domingo, 3 de abril de 2011

Dança/Lunda Norte

Tal como reportamos sobre o teatro, as danças constituem, igualmente, aspectos positivos da nossa Cultura, sendo expressão de sentimentos manifestada através de movimentos corporais ao ritmo do som, da música, etc. Dançar é vivênciar e exprimir com o máximo de intensidade, a relação do homem com a natureza, com a sociedade e com o futuro. Desde os primórdios, a dança sempre serviu ao homem nas suas práticas sócio-religiosas e todos os momentos solenes, considerando-se a primeira das artes por este cultivada desde a sua existência. Encontramos diversidade de danças, entre as danças guerreiras (propiciatórias), comemorativas, mágico-curativas, cerimoniosas (evocação de espíritos) e fúnebres. Na Província da Lunda-Norte, podemos encontrar as seguintes danças, que são exibidas pelos diferentes grupos étnicos da região: Tchianda, Cisela, Akishi ,Kandowa, kalukuta, kandjendje, kasekumuna, kathakahangalala, Liquembe, Liximbi, Makhopo, Maringá, Nitinge, canga, kathakahangalala, Ubwanga, Ukule, Kundula, etc, só para citar algumas. Na exibição dessas danças intervém o uso de instrumentos musicais, sendo os batuques (ngoma), cyngunvo e cisanji os mais frequentes.

sábado, 2 de abril de 2011

Teatro/Lunda Norte

O Teatro é um meio de educação social. Umas das artes e inspirações culturais que nasce, cresce, evolui com o Homem meio crítico dos aspectos negativos da sociedade e, ele vive-se no dia-a-dia. Ao nível da Província, esta arte não é encarada na sua totalidade, a julgar pela ausência de profissionais, escolas de formação e salas apropriadas para a sua inserção para além de estímulos, daí que, o Sector da Cultura controla apenas três grupos teatrais: Samanhonga, jovens Unidos da Estufa e os Bilumbos.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Adivinhas Tshokwe


Tal como os outros povos, também os tchokwe têm as suas adivinhas. Eis, pois, a seguir, as que conseguimos coligir, começando pela do ovo. ‘’Musenge wa ri-kosa wene ?’’ (O copo que se lava a si mesmo ?)‘’Rionda’’ (Ovo) ‘’Yia unai ka-chiku-tala kunyima ?’’ (Quem é que caminha sem olhar para trás?)‘’Lwije’’ (O rio)